Conheça o Método MEDINA, as suas características e a sua importância para as obras de infraestrutura rodoviária. Confira!

Com o avanço da engenharia de obras rodoviárias e frente à crescente demanda por infraestrutura em todo o Brasil, surgiram vários estudos sobre o desempenho dos pavimentos em função do método de dimensionamento utilizado na sua concepção. O método mais difundido no Brasil, conhecido como DNER 1981, é baseado na condição de suporte do subleito. Porém, o método não considera a influência do comportamento das camadas intermediárias e do revestimento no desempenho do pavimento. 

Observa-se que já é consenso no âmbito acadêmico e profissional da engenharia rodoviária que os materiais empregados na construção das camadas tem influência na durabilidade dos pavimentos. O desenvolvimento de ligantes modificados, por exemplo, tem melhorado sobremaneira a vida útil dos revestimentos asfálticos. Desenvolver um método que considere o comportamento de diferentes misturas asfálticas e diferentes materiais de base, por exemplo, é crucial para a ampliação da vida útil das rodovias. 

Em face disso, inúmeras pesquisas brasileiras foram conduzidas no sentido de criar um método de dimensionamento mecanístico-empírico. O termo mecanístico-empírico refere-se a um dimensionamento de pavimentos onde são considerados no cálculo das espessuras o comportamento mecânico de todas as camadas do pavimento, do subleito ao revestimento. Assim, nasceu o método MEDINA, criado com o objetivo de prover mais confiabilidade e durabilidade aos projetos de pavimentação, levando em conta as condições de clima, tráfego e desempenho dos materiais. 

No método MEDINA, são previstos uma série de ensaios que avaliam, de forma dinâmica, a deformação que ocorre em todo o sistema de camadas do pavimento, considerando as forças que variam em intensidade e tempo. Para isso, utiliza um software que calcula as tensões, as deformações e as deflexões da estrutura, de acordo com o tráfego previsto ano a ano, obtendo os danos acumulados com o tempo. Assim, diferentemente do método DNER 1981, é possível estabelecer uma previsão de danos no pavimento. 

Atualmente, a Instrução de Serviço IS-247 do DNIT define e especifica os estudos a serem realizados em projetos de implantação (básicos e executivos) que utilizarem método MeDiNa. A Instrução Normativa Nº 2/2022 do DNIT já sugere que para projetos de rodovias com valores de número N superiores a 5 x 107 sejam realizados os pré-dimensionamentos do pavimento por métodos mecanísticos ou mecanísticos-empíricos consagrados. Além disso, o método também é recomendado para projetos estaduais ou municipais que envolvam pavimentos flexíveis ou semirrígidos. 

As vantagens da aplicação do método

A utilização do MEDINA é fundamental para evitar a fadiga e as deformações precoces do pavimento, que na prática resultam em trincas e afundamentos nas trilhas de roda. Assim, com a utilização do MEDINA é possível reduzir custos de manutenção e aumentar a vida útil do pavimento, uma vez que se tem a previsão de danos no pavimento já na etapa de projeto. O método também possibilita avaliar diferentes alternativas de projeto, comparando os custos e benefícios de cada uma destas alternativas.

Para aplicar o método MEDINA é importante contar com um laboratório com experiência e estrutura para a execução dos ensaios necessários para determinar as propriedades mecânicas dos materiais. Esses ensaios incluem o módulo de resiliência e a deformação permanente, que devem ser realizados conforme as normas do DNIT. Atualmente o e-VIAS possui em sua estrutura equipamentos e profissionais aptos para a realização de todos os ensaios necessários para dimensionamento de pavimentos pelo método MEDINA. 

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